domingo, 1 de julho de 2007

Mistérios da Alma em Blog

Devido à interrupção da publicação da coluna Mistérios da Alma no jornal O Dia, procurando não privar os leitores da possibilidade de ter acesso a ela, passo a divulgá-la neste espaço.
Segue-se a coluna de número 490, que seria publicada no domingo dia 01 de julho de 2007.

Mistérios da Alma para 01 de julho de 2007 (#490)

INDIGNAÇÃO
A propósito da agressão cometida por cinco jovens de classe média a uma doméstica no fim de semana passado no Rio de Janeiro cabe uma reflexão sobre este crime revestido de rara brutalidade. Diz um ditado chinês que na natureza não há castigos nem recompensas, apenas conseqüências.
Este incidente se mostra como uma conseqüência do clima de impunidade e de falta de escrúpulos que assola nosso país. Há alguns anos, outro grupo de jovens bem nascidos incendiou e matou um índio pataxó em Brasília. Foram levados à justiça e sofreram punições ridículas, protegidos por parentes poderosos.
Fica difícil para os pais ensinarem valores morais a seus filhos quando o exemplo que vem de cima, da Capital Federal, dos Três Poderes da República é de corrupção, desonestidade e corporativismo da pior espécie. É uma revoltante onda de podridão que desce do Planalto Central inundando e contaminando todo o Brasil.

Frase:

Estando sufocado
pela corrupção,
é difícil ensinar
valores morais

Pergunta:
Após ter tido um câncer, do qual ainda estou em tratamento, pedi a separação de um casamento de 40 anos e tenho ouvido minha filha dizer que preferia que eu tivesse morrido a me separar. Ela está casada e muito bem financeiramente. Como lidar com ela?
C., por e-mail.
Resposta:
Sua filha ficou do lado da mãe e contra você. Lamentavelmente essas coisas acontecem: alguns filhos têm dificuldade de entender que não devem se intrometer na relação dos pais. O único caminho que vejo para você procurar recuperar o relacionamento com sua filha é conversar com ela. Fale com muita calma e paciência e sabendo que não vai ser no primeiro contato que você vai conseguir convencê-la de que ela não deve tomar partido. Explique a importância para você de pôr um ponto final em uma relação desgastada e negativa e procure mostrar a ela que a mãe não pode ter eternos direitos sobre a sua vida.

Pergunta:
Tenho um relacionamento de 17 anos, várias vezes ele foi embora, mas sempre voltou. Agora viajou e fico aliviada, pelo menos ele não briga mais comigo, mas também fico triste, pois gostaria que a relação desse certo. Porque isto aconteceu comigo? O que eu preciso enxergar ou aprender?
E., por e-mail.
Resposta:
Você precisa definir melhor o que é “dar certo” em uma relação. Depois de 17 anos de idas e vindas, brigas etc. vocês tem uma longa história. Não é um conto de fadas, mas é a vida que você escolheu. O seu parceiro é essa pessoa que você conhece muito bem. Se ainda está com ele é porque você preferiu insistir na relação. Penso que sua insatisfação está ligada ao fato de você querer transformar seu companheiro em uma pessoa diferente. Depois de tanto tempo, está na hora de você enxergar que ele não vai mudar. Escolha: ou você fica com ele e o aceita do jeito que ele é, ou fica sozinha para procurar outra pessoa.

Pergunta:
Tenho uma relação amorosa há 23 anos com um homem casado. Desde que ele se aposentou e estamos nos encontrando menos, comecei a gastar impulsivamente o dinheiro que ele deixa guardado comigo e contrai dívidas. Contei para ele e ele me perdoou, mas sinto muita culpa e não entendo porque fiz isso.
D., 47 anos, por e-mail.
Resposta:
A ansiedade causada por vocês estarem se encontrando menos, desencadeou este processo de gastar dinheiro impulsivamente e sem um critério racional. Compulsão para gastar é uma doença bastante comum, sempre ligada, como todas as compulsões, a uma situação de depressão, que é, em minha opinião, o mal que lhe aflige. Não faz sentido se sentir culpada de uma enfermidade. Uma terapia, possivelmente associada a uma medicação antidepressiva, poderá lhe ajudar muito Aconselho você a conversar francamente com ele sobre sua necessidade de tratamento para lhe pedir ajuda e compreensão. Se quiser, você pode até falar desta resposta no jornal.

AQUI TEREI TODO O ESPAÇO DESEJADO PARA AUMENTAR, QUANDO NECESSÁRIO, O TAMANHO DA COLUNA, COLOCAR FRASES E A ÍNTEGRA DAS CARTAS DOS LEITORES.

ESPERO PODER CONTINUAR A AJUDAR AQUELES QUE ME PROCURAM E ME DISTINGUEM COM O SEU INTERESSE PELO MEU TRABALHO.

Até o próximo domingo!

Luiz Alberto Py



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