sexta-feira, 3 de agosto de 2007

NOVO LIVRO: Mistérios da Alma

Caros amigos.Desculpem-me por não estar enviando um e-mail personalizado a cada um, mas o tempo não me permite. Todavia a todos vocês envio meu afeto.Gostaria que soubessem que que na terça-feira 14 de agosto a partir das 20hs estarei lançando este novo livro, “Mistérios da Alma” na Livraria da Travessa em Ipanema.Aos que não puderem comparecer, esclareço que o livro já se encontra nas livrarias em todo Brasil (preço razoável de R$ 19,90) e em qualquer oportunidade em que a gente se encontre terei o maior prazer em lhes escrever uma dedicatória.Peço, a todos os que puderem, que divulguem o livro.A vocês, minhas melhores saudações, beijos e abraços.Luiz Alberto Py

domingo, 8 de julho de 2007

Coluna #491 de 8 de julho de 2007

Mistérios da Alma para 08 de julho de 2007 (#491)
Muita gente faz confusão entre tolerar ou aceitar por um lado, e avalizar ou concordar por outro. Para elas, mostrar tolerância ou aceitação é sentido como sendo um aval para o outro. Isto costuma ser um modelo de comportamento absorvido na infância ou na juventude. O intolerante tem a ilusão de se valorizar através da sua atitude, como se o fato de ser intolerante lhe garantisse ter mais qualidades. E também ao se mostrar intransigente acredita estar se protegendo de ser acusado de concordar com aquilo de que discorda. Aceitação é apenas reconhecer uma realidade, não significa concordar com ela. Podemos tirar mais satisfação da vida quando toleramos os defeitos das pessoas e das coisas e nos empenhamos em encontrar suas qualidades. O escritor francês Voltaire é sempre citado por ter dito: “discordo do que você diz, mas defendo até a morte seu direito de falar”. A vida assim fica mais agradável.

Frase:

Discordo do que
você diz, mas
defendo seu
direito de falar

Pergunta:
Meu marido bebe demais e me agride muito com palavras que não mereço. Penso em me separar, mas tenho medo de enfrentar situações novas, tomar atitudes. Acho que não tenho forças para isso. Acho que mudar de marido é como mudar de emprego, só mudam os problemas.
N., por e-mail.
Resposta:
A sua afirmativa de que mudar de marido é como mudar de emprego serve para justificar sua falta de atitude e lhe ajuda a se acomodar ao medo de enfrentar novas situações. Acredito que se a situação fosse realmente insuportável sua reação seria mais positiva, mas enquanto ele fica nas agressões verbais você prefere se poupar de enfrentar as dificuldades de uma separação. Você tem razão em dizer que não merece as agressões de seu marido, ninguém merece. Mas na medida em que não toma uma atitude mais concreta para enfrentar o comportamento dele você se faz merecedora do que tem. É sua escolha. Aceite-a e procure ficar em paz. Ou reaja.

Pergunta:
Não gosto mais de meu marido, mas não consigo terminar com ele. Ultimamente ele tem sido muito atencioso, carinhoso, mas acho que já é tarde. Por dó dele vou levando, mas me sinto presa. O que eu faço?
C., por e-mail.
Resposta:
Você tem duas alternativas, ou separar, ou tentar reconstruir seu casamento. De qualquer forma, você precisa conversar com seu marido e explicar a ele o que está sentindo. Se for para separar, é bom que ele saiba da sua intenção para que ele possa se preparar. Mas creio que se ele está sendo atencioso e carinhoso é porque está interessado em investir na relação com você. Sabendo como você se sente, ele poderá direcionar melhor o esforço que está fazendo e procurar reconquistar você. Quem sabe você permite que ele consiga. De qualquer forma, toda relação amorosa depende de um diálogo sincero e honesto até mesmo para terminar bem.

Pergunta:
Já tive algumas paqueras, mas nunca namorei sério. Quando saio na noite é fácil ter alguém para "ficar", mas depois somem. Será um problema da falta de compromisso dos homens ou existe algo a mais em mulheres que atraem homens que querem uma relação séria.
R., 38 anos, por e-mail.
Resposta:
O impulso mais imediato nos homens é buscar uma relação sem compromisso. Cabe às mulheres trabalhar no sentido de convencê-los das vantagens de uma relação mais profunda. Muitas conseguem; se não os casamentos não existiriam. Ficar esperando encontrar um homem que queira uma relação séria não funciona. É preciso procurar convencer um homem que lhe interesse das vantagens de desenvolver com você uma relação intensa e séria. Uma relação assim se desenvolve aos poucos, na medida em que os dois saem juntos, se conhecem melhor e aprendem a confiar um no outro. E lembre-se de que uma boa vida sexual é parte importante disto.

sábado, 7 de julho de 2007

P. escreveu o seguinte e-mail para mim.

Oi boa tarde Alberto, estava procurando assuntos sobre relacionamentos difíceis e lí no jornal o globo sobre o assunto, gostaria muito que você pudesse me ajudar com o meu problema.Estou passando por uma fase difícil com meu namorado, um namoro que dura 4 anos e desde de 2 anos pra cá, estamos em crise. Gosto muito dele e ele de mim, mas ele quer que eu more com ele e eu estou indecisa. Na verdade tem muito mais coisas além disso, mas a pricipal é que ele é muito estressado e desconta em mim tudo que acontece com ele, seja em casa ou no trabalha sempre sobra pra mim.Será que você pode me ajudar? Se tiver msn, o meu é o mesmo do email do yahoo, e estarei em casa depois das 6hs. Beijos, P

Minha resposta:

Olá, P.

Pelo jeito você quer terminar esse namoro e não sabe como. Talvez você nunca tenha tido a experiência de dar fim a uma relação que se esgotou como parece ser o caso dessa sua.

Por outro lado, se o principal defeito dele é “descontar” em você, procure informá-lo de que você não vai mais aceitar isso. Se ele mudar, que bom. Mas você não pode blefar, tem de estar disposta a mandá-lo passear para sempre caso ele não mude, o que – cá entre nós – é o mais provável.

Se você quiser conversar mais, entre no meu blog (http://psipy.blogspot.com). Se você me permitir, colocarei este nosso diálogo lá para gerar um debate.
Um beijo pra você também.
Luiz Alberto Py

Como ela escreveu me autorizando a publicar nossa correspondência, aqui está, para que outras pessoas possam participar do assunto.

domingo, 1 de julho de 2007

Mistérios da Alma em Blog

Devido à interrupção da publicação da coluna Mistérios da Alma no jornal O Dia, procurando não privar os leitores da possibilidade de ter acesso a ela, passo a divulgá-la neste espaço.
Segue-se a coluna de número 490, que seria publicada no domingo dia 01 de julho de 2007.

Mistérios da Alma para 01 de julho de 2007 (#490)

INDIGNAÇÃO
A propósito da agressão cometida por cinco jovens de classe média a uma doméstica no fim de semana passado no Rio de Janeiro cabe uma reflexão sobre este crime revestido de rara brutalidade. Diz um ditado chinês que na natureza não há castigos nem recompensas, apenas conseqüências.
Este incidente se mostra como uma conseqüência do clima de impunidade e de falta de escrúpulos que assola nosso país. Há alguns anos, outro grupo de jovens bem nascidos incendiou e matou um índio pataxó em Brasília. Foram levados à justiça e sofreram punições ridículas, protegidos por parentes poderosos.
Fica difícil para os pais ensinarem valores morais a seus filhos quando o exemplo que vem de cima, da Capital Federal, dos Três Poderes da República é de corrupção, desonestidade e corporativismo da pior espécie. É uma revoltante onda de podridão que desce do Planalto Central inundando e contaminando todo o Brasil.

Frase:

Estando sufocado
pela corrupção,
é difícil ensinar
valores morais

Pergunta:
Após ter tido um câncer, do qual ainda estou em tratamento, pedi a separação de um casamento de 40 anos e tenho ouvido minha filha dizer que preferia que eu tivesse morrido a me separar. Ela está casada e muito bem financeiramente. Como lidar com ela?
C., por e-mail.
Resposta:
Sua filha ficou do lado da mãe e contra você. Lamentavelmente essas coisas acontecem: alguns filhos têm dificuldade de entender que não devem se intrometer na relação dos pais. O único caminho que vejo para você procurar recuperar o relacionamento com sua filha é conversar com ela. Fale com muita calma e paciência e sabendo que não vai ser no primeiro contato que você vai conseguir convencê-la de que ela não deve tomar partido. Explique a importância para você de pôr um ponto final em uma relação desgastada e negativa e procure mostrar a ela que a mãe não pode ter eternos direitos sobre a sua vida.

Pergunta:
Tenho um relacionamento de 17 anos, várias vezes ele foi embora, mas sempre voltou. Agora viajou e fico aliviada, pelo menos ele não briga mais comigo, mas também fico triste, pois gostaria que a relação desse certo. Porque isto aconteceu comigo? O que eu preciso enxergar ou aprender?
E., por e-mail.
Resposta:
Você precisa definir melhor o que é “dar certo” em uma relação. Depois de 17 anos de idas e vindas, brigas etc. vocês tem uma longa história. Não é um conto de fadas, mas é a vida que você escolheu. O seu parceiro é essa pessoa que você conhece muito bem. Se ainda está com ele é porque você preferiu insistir na relação. Penso que sua insatisfação está ligada ao fato de você querer transformar seu companheiro em uma pessoa diferente. Depois de tanto tempo, está na hora de você enxergar que ele não vai mudar. Escolha: ou você fica com ele e o aceita do jeito que ele é, ou fica sozinha para procurar outra pessoa.

Pergunta:
Tenho uma relação amorosa há 23 anos com um homem casado. Desde que ele se aposentou e estamos nos encontrando menos, comecei a gastar impulsivamente o dinheiro que ele deixa guardado comigo e contrai dívidas. Contei para ele e ele me perdoou, mas sinto muita culpa e não entendo porque fiz isso.
D., 47 anos, por e-mail.
Resposta:
A ansiedade causada por vocês estarem se encontrando menos, desencadeou este processo de gastar dinheiro impulsivamente e sem um critério racional. Compulsão para gastar é uma doença bastante comum, sempre ligada, como todas as compulsões, a uma situação de depressão, que é, em minha opinião, o mal que lhe aflige. Não faz sentido se sentir culpada de uma enfermidade. Uma terapia, possivelmente associada a uma medicação antidepressiva, poderá lhe ajudar muito Aconselho você a conversar francamente com ele sobre sua necessidade de tratamento para lhe pedir ajuda e compreensão. Se quiser, você pode até falar desta resposta no jornal.

AQUI TEREI TODO O ESPAÇO DESEJADO PARA AUMENTAR, QUANDO NECESSÁRIO, O TAMANHO DA COLUNA, COLOCAR FRASES E A ÍNTEGRA DAS CARTAS DOS LEITORES.

ESPERO PODER CONTINUAR A AJUDAR AQUELES QUE ME PROCURAM E ME DISTINGUEM COM O SEU INTERESSE PELO MEU TRABALHO.

Até o próximo domingo!

Luiz Alberto Py