domingo, 8 de julho de 2007

Coluna #491 de 8 de julho de 2007

Mistérios da Alma para 08 de julho de 2007 (#491)
Muita gente faz confusão entre tolerar ou aceitar por um lado, e avalizar ou concordar por outro. Para elas, mostrar tolerância ou aceitação é sentido como sendo um aval para o outro. Isto costuma ser um modelo de comportamento absorvido na infância ou na juventude. O intolerante tem a ilusão de se valorizar através da sua atitude, como se o fato de ser intolerante lhe garantisse ter mais qualidades. E também ao se mostrar intransigente acredita estar se protegendo de ser acusado de concordar com aquilo de que discorda. Aceitação é apenas reconhecer uma realidade, não significa concordar com ela. Podemos tirar mais satisfação da vida quando toleramos os defeitos das pessoas e das coisas e nos empenhamos em encontrar suas qualidades. O escritor francês Voltaire é sempre citado por ter dito: “discordo do que você diz, mas defendo até a morte seu direito de falar”. A vida assim fica mais agradável.

Frase:

Discordo do que
você diz, mas
defendo seu
direito de falar

Pergunta:
Meu marido bebe demais e me agride muito com palavras que não mereço. Penso em me separar, mas tenho medo de enfrentar situações novas, tomar atitudes. Acho que não tenho forças para isso. Acho que mudar de marido é como mudar de emprego, só mudam os problemas.
N., por e-mail.
Resposta:
A sua afirmativa de que mudar de marido é como mudar de emprego serve para justificar sua falta de atitude e lhe ajuda a se acomodar ao medo de enfrentar novas situações. Acredito que se a situação fosse realmente insuportável sua reação seria mais positiva, mas enquanto ele fica nas agressões verbais você prefere se poupar de enfrentar as dificuldades de uma separação. Você tem razão em dizer que não merece as agressões de seu marido, ninguém merece. Mas na medida em que não toma uma atitude mais concreta para enfrentar o comportamento dele você se faz merecedora do que tem. É sua escolha. Aceite-a e procure ficar em paz. Ou reaja.

Pergunta:
Não gosto mais de meu marido, mas não consigo terminar com ele. Ultimamente ele tem sido muito atencioso, carinhoso, mas acho que já é tarde. Por dó dele vou levando, mas me sinto presa. O que eu faço?
C., por e-mail.
Resposta:
Você tem duas alternativas, ou separar, ou tentar reconstruir seu casamento. De qualquer forma, você precisa conversar com seu marido e explicar a ele o que está sentindo. Se for para separar, é bom que ele saiba da sua intenção para que ele possa se preparar. Mas creio que se ele está sendo atencioso e carinhoso é porque está interessado em investir na relação com você. Sabendo como você se sente, ele poderá direcionar melhor o esforço que está fazendo e procurar reconquistar você. Quem sabe você permite que ele consiga. De qualquer forma, toda relação amorosa depende de um diálogo sincero e honesto até mesmo para terminar bem.

Pergunta:
Já tive algumas paqueras, mas nunca namorei sério. Quando saio na noite é fácil ter alguém para "ficar", mas depois somem. Será um problema da falta de compromisso dos homens ou existe algo a mais em mulheres que atraem homens que querem uma relação séria.
R., 38 anos, por e-mail.
Resposta:
O impulso mais imediato nos homens é buscar uma relação sem compromisso. Cabe às mulheres trabalhar no sentido de convencê-los das vantagens de uma relação mais profunda. Muitas conseguem; se não os casamentos não existiriam. Ficar esperando encontrar um homem que queira uma relação séria não funciona. É preciso procurar convencer um homem que lhe interesse das vantagens de desenvolver com você uma relação intensa e séria. Uma relação assim se desenvolve aos poucos, na medida em que os dois saem juntos, se conhecem melhor e aprendem a confiar um no outro. E lembre-se de que uma boa vida sexual é parte importante disto.

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